Proibição tem como objetivo impedir os maus tratos e incentivar a adoção
O Estado de Nova York passará a proibir a venda de animais como cães, gatos e coelhos em pet shops. A decisão foi tomada após lei assinada pela governadora Kathy Hochul, no dia 29 de dezembro de 2022. A medida tem como objetivo impedir os maus tratos nos criadouros de comercialização, também chamados de “fábrica de animais”, ou “fábrica de filhotes”, e incentivar a adoção.
A lei faz com que Nova York se junte a outros estados, como Ilinóis e Califórnia, que já haviam decretado a proibição. Mas a medida gerou conflito entre os defensores de animais e os críticos da indústria de pet shops. De um lado, donos das lojas de animais argumentaram que, com a proibição, seus estabelecimentos acabarão falindo, além de ela dificultar aos nova-iorquinos a obtenção de um animal de estimação, o que levaria ao aumento do mercado clandestino.
A indústria também argumentou que a maioria dos grupos responsáveis pelos criadouros, trata os animais com humanidade. O grupo também tem como argumento o fato de que o setor lucrativo de vendas dos pets registrou cerca de U$ 100 bilhões em 2020.
Por outro lado, os defensores dos direitos dos animais ressaltam a importância de impedir os maus-tratos aos pets, que adoecem e são vendidos a tutores que terão de arcar com os custos do tratamento veterinário. Isso porque se estima que de aproximadamente dez mil criadouros de animais, apenas três mil são regulamentados pelo órgão regulador do país, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Apesar de receber apoio bipartidário na legislatura, a medida só foi sancionada pela governadora após dias de negociação e com a prerrogativa de mudanças para amenizar o golpe econômico. Por isso, a implementação da proibição foi adiada para dezembro de 2024.
Com a legislação revisada, passaria a ser permitido que as pessoas possam comprar os animais diretamente dos criadouros, para que o interessados possam visitar e adquirir os animais de criadores responsáveis. Também passaria a ser possível que os pet shops cobrassem aluguel de abrigos de animais que usam as lojas para eventos de adoção de animais resgatados.